terça-feira, 1 de março de 2011

Quem começa?

Eu sábia !
Eu vi!
Eu quis jogar!
Não foi sem querer...
Esse é o problema “NÃO FOI SEM QUERER”
E se foi querendo
Por que não é?
Não é nada..
É nada!
É isso que mata.
Não ser nada
E se não é nada
Por que é?
Alguma coisa é!
O alguma coisa não serve pra esse jogo.
É isso que mata
O jogo.
O jogo sem vencedores...
Sem mudanças....
Sem grandes emoções...
É só um jogo
É só jogar não adianta
Só da pra jogar...
É isso que mata.
Não adianta mais pra mim...
Perdeu a graça.
Não tem emoção.
O jogo sem emoção
Que MERDA!
Cansei de jogar esse
Vamos brinca de outra coisa?
Eu começo...
Eu não sei começar.
É isso que mata!
E ta morrendo...
É esse o objetivo?
Bom,pelo menos agora tem um objetivo!
Tá.
Então eu continuo no jogo
E se eu perder
Eu saio tá?
Porque eu não sei perder.
Tá ai o problema de jogar.
É isso que mata.
Mas vamos jogar então.
Até de fato morrer...

sábado, 13 de novembro de 2010

É uma espécie

de loucura...

Talvez esse não seja o melhor jeito de começar ...
Hoje meu pai disse que eu não sou normal,porque eu não durmo no horário em que os “normais” dormem e porque eu não faço as coisas que os “normais” fazem e porque eu não como na hora certa,nem acordo na hora certa e nem falo as coisas certas...Eu sei que no fim do dia,ou da noite ou sei La no fim de que...Eu estou alimentada,dormida e viva.
Consideram normal tudo que é freqüente, usual, e acontece rotineiramente, numa determinada sociedade
Eu disse : Pai,se acontece sempre é normal?
Não vou citar aqui o que acontece sempre...To com Preguiça.
Mas se esse é o conceito de normal...Tdo mundo perdeu a noção?Que se passa?

Passei o dia triste...pensei em tudo de "anormal" que eu tenho feito ....
E essa inquietação varou a noite...
ecoando com os latidos da Sofia (minha cachorra)

Pensei na fragilidade do homem diante das incertezas da vida.
Na gigantesca interrogativa que fica diante da origem e do destino.
Senti-me pequena...
Procurando respostas que, conscientemente, sabia não poder encontrar,não só por hoje...Mas nunca..
Fechei os olhos... Suspirei e chorei,chorei muito.
Vasculhei.....
Havia uma coisa pulsando lá dentro.

É tudo uma questão de conceitos que no fundo nos arrastam exatamente para o mesmo lugar, nós mesmos.
Mas está tudo bem...
O anormal sou eu e se para os genes ainda não há cura, para a mutação há-a. Por isso, sigo resignada, esperando, aguardando, vivendo para um qualquer outro dia: O dia em que a anormalidade sair à rua e eu ficar em casa.
Normais,são os que através da loucura tentam explicar a sua anormalidade.

"Esta espécie de loucura
Que é pouco chamar talento
E que brilha em mim, na escura
Confusão do pensamento,

Não me traz felicidade;
Porque, enfim, sempre haverá
Sol ou sombra na cidade.
Mas em mim não sei o que há" Fernando Pessoa.

domingo, 17 de outubro de 2010

Papai Noel não existe

E as nuvens não são de algodão.
Vivi tanto tempo nesse mundo de fantasia que não dá pra se desvencilhar das personagens.Como eu posso embarcar na realidade dos dias se guardo ainda o doce adormecer dos sonhos?
Zerar o placar de um jogo de criança?Mas ele ainda tem elementos para ser eterno...
Me vejo no espaço infinito das possibilidades e imploro por limites,me coloco na mesa com a expressão marcante de quem nem esta ali no momento,pouco me importa a urgência do tempo ela permite que façamos um novo caminho a cada dia...
Mais de uma vez me senti perdida e em outras tantas me encontrei

Sabe o que me parecia?
A cartada final,mas era o começo do jogo. Embaralhamos tanto que ficou confuso.É um jogo de bem me quer mal me quer nos querendo de volta no amor.A única decisão que podemos cumprir no meio de tanta promessa destratada.É a de não prometer nunca jamais em tempo algum : mais nada.
Não encontro o fio condutor.
Não é só nas letras que ele pode se encontrar... Palavra não tem lado de dentro.
Palavra não mora no que diz,como posso fazer delas uma ligação de pensamentos?
A plavra brota e a idéia se acomoda...

terça-feira, 31 de agosto de 2010

VIVA O CHOCOLATE!!!!

O que foi pra lá e não foi pra cá?
Ou não foram.
Ou foram demais.
Pensei, enquanto terminava de mastigar meu pedaço de chocolate se devia ou não escrever essas balburdias mentais.Estou atacadissíma no meu lado “espírito de porco” e espero não ser acusada de pessimista .
A gente se frustra por não ter feito balé ou capoeira, por ter lido série a do tio patinhas quando preferia Monteiro Lobato.Frustra ter dado o primeiro beijo com 16 anos .
A gente se frustra pela faculdade em que não conseguiu entrar, pelo cara que não se pode conquistar, pelo beijo que se negou ou que negaram, pelo telefonema ou pela falta dele, pelo jantar que não aconteceu. Frustra também a nota baixa, a pizza da borda queimada, o vinho estragado, ter cozinhado, de novo, miojo , perder a carteira,bater o carro... Frustra não saber inglês direito . Frustra não entrar mais naquela calça, ter doado pra alguém seus brinquedos, perder o bicho de pelúcia, não ter tempo pra ver chaves ou nem saber mais se esta passando.
Não ter visitado alguém amado que agora pra visitar só com permissão divina , não ter tomado todos os porres possíveis ou ter tomado um que estragou seus planos, reclamar, mandar e-mail e não ter resposta ou não responder as mensagens e deixar a caixa estourar,abandonar um projeto,dormir na melhor parte do filme,escutar um não,comer peixe com espinha . Frustra quando o bolo de chocolate embolora no fundo da geladeira...Quando se entra na piscina e o sol de repente some,morder a língua ,pisar na merda,frustra,frustra....frustra....
Frustra, enfim, estar aqui e, bem ou mal, transmitir todo dia um pouco da miséria humana em cada passo, em cada suspiro pessimista.
Chego ao fim do texto ainda com um pedaço de chocolate em mãos pensando que é tudo bobagem e que tudo isso nada mais é que realmente um ataque,uma tentativa de texto frustrada. Afinal, frustrar-se é prova de vida, é prova de que fizemos ,que fomos e voltamos, que permanecemos vivos sabendo que apenas respirar não é o bastante , errando e percebendo cada detalhe naquilo que há de mais maravilhoso: a possibilidade da outra vez.
Obs: (Texto baseado em uma desculpa pra eu comer chocolate e não me frustrar.)

sábado, 28 de agosto de 2010

Kuka

É como se eu estivesse composta de urgências: minhas felicidades são itensas, minhas tristezas, absolutas,minhas idéias são as melhores no momento em que nascem,depois talvez elas não sejam tão boas assim. Me entupo de ausências e de lembranças, me esvazio de excessos,eu gosto do execesso. Eu não caibo no estreito,eu preciso de espaço,eu sou egocentrica,eu exagero a dor,aumento meu desespero,preciso estar nos palcos,no centro,eu não quero discordar da maioria,mas eu discordo e vou até o fim eu vivo nos extremos. Eu caminho, desequilibrada, em cima de uma linha entre a lucidez e a loucura. De ter amigos eu gosto porque preciso de ajuda pra sentir, embora quem se relacione comigo saiba que é por conta-própria e auto-risco. O que tenho de mais obscuro, é o que me ilumina. E a minha lucidez é que é perigosa.
Medo eu tenho,de sentir falta,eu sinto falta de alguma coisa que eu ainda não sei o nome,não me dou bem com máquinas... Voltando ao medo tenho medo é de gente e estátuas. Lagartos também, tudo o que rasteja. Bichos que aparecem dos buracos, minhocas.Meu grito ou choro não é falta de esperança, é um respeito profundo por mim.
Pessoa destraída que perde as coisas e derruba o suco na hora do almoço.
A quarta-feira me irrita,porque sim.
E não sei as medidas, o quanto de quanto, o quanto de nada.
E eu vivo assim,tentando me definir e se eu for flar de mim amanhã,não serão as mesmas palvras.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Pra que?

Não dá pra saber quando o texto está pronto.Eu tenho medo de me embasbacar com as palavras dai eu rabisco o papel até rasga-lo

Eu produzo porque tenho muito medo de ser inútil. Eu abandono só quando tenho muito medo de falhar. E eu durmo porque tenho medo de não encontrar paz em nada.

Há sempre uma espécie de entendimento que me deixa vulnerável, emotiva e crítica. Não sei se no auge da minha perspicácia eu admitiria tanta bondade, nem sei se vivendo o meu cotidiano com toda a minha racionalidade eu admitiria tanta ternura. Não sei se admitindo essas características em mim, quando tivesse essa oportunidade, eu seria menos bruta.

Eu tento evitar os meus mais sinceros xingamentos. Porque sei usar palavras pra ferir com todo o dom de um poeta.As mesmas que sempre pretenderam curar.As intenções são boas,eu sei acalmar um desespero,consolar....Mas não sei ser doce,ou talvez eu saiba muito,por isso me irrita tanto.
Na verdade, se é que há alguma...Ah deixa pra lá.o LÁ me embasbaquei legal.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Mimos

É como escutar o silêncio...
Não sei se há verdade no que escrevo. Há sentimento e uma vontade imensa de transmutar certas tristezas. Mas verdade, talvez não haja
Era o mesmo lugar..Eu lembrei da liberdade,das risadas,dos dias,dos rostos.Um vazio...Tava faltando gente...Eu queria que fosse apenas um atraso por causa do transito,mas não.É isso,está completo.
E agora essa inquietação. O peito taquicardíaco, meus dedos não escutam palavras e eu insisto em escrever a desordem interna.
Eu estava feliz,mas a felicidade não tira o medo nem a melancolia de ninguém. Mudar alivia, frustra, ameaça, entristece,obriga-nos a crescer,então deixe que as coisas se renovem,que os vazios te ofereçam mais espaço e que as perdas tenham mais de um sentido...
A minha vontade de recomeçar otimista por saber da existência de vitórias tão pequenininhas eram maior do que a minha cara de choro contido. A saudade não me assusta mais, mas ela ainda aperta um pouco a garganta.
Foi tão estranho...porque mesmo sabendo que ia dar tudo certo eu estav com medo de dar errado.Algumas coisas foram encaminhadas pro novo destino, outras se perderam irremediavelmente, mas seja como for ,apesar da saudade o meu desejo é que o ar circule e recicle toda a energia é como relembrar uma infância que foi boa mas que não precisa se repetir pra ser verdade.